De nervos em franja.
De nervos em franja foi como saí da escola hoje. Detesto gente que uktrapassa tudo e todos e que tem a mania que manda. Principalmente quando está há "dois dias" no posto de trabalho! Já a formiga tem catarro, não?!?
Já sabem que tenho uma auxiliar que tem alergia ao trabalho (e que há dois dias que não vê outra coisa à frente senão o seu novo telemóvel) e ontem, caída do céu e sem ninguém me ter avisado, entrou ao serviço uma fulana que vai lá dar uma ajuda só de tarde e que está a trabalhar na escola há "meia dúzia de dias". É mais uma para ir sentar o backside nas cadeiras para cumprir horário... Eu apenas costumo cruzar-me com ela, dou os "bons dias" e "boas tardes" da praxe e sigo a minha vidinha. E chega.
Reparei que essa fulana era daquelas com muito à-vontade, que parecia que era tudo dela, e que quem mandava nas crianças era ela. Como não a conheço, não disse nada, embora estranhasse aquele comportamento. Podia até ser impressão minha.
Hoje, a fulana esticou-se. E eu... comecei a deitar fumo pelos ouvidos! Não é que a fulana chegou lá e começou a mandar e desmandar como se ela fosse a dona da escola? Nem pergunta se "posso" ou se "devo", não. Chega lá e começa a largar postas de pescada. Calei-me.
Depois é daquelas pessoas que quando começa a falar, parece uma máquina de costura, e quando nós damos por isso, temos o cérebro em papas. O melhor de tudo é que a conversa´não interessa nada e ainda por cima tem a horrivel mania do "eu também". Eu explico: nós dizemos "tenho uma dor no dedo do pé" e ela acrescenta "a tia da prima da minha vizinha do lado também tem". Estão já a ver o tipo de pessoa? Adiante.
Chegou a hora do lanche, começou a dar ordens aos putos, como se eu fosse uma palhaça que ali estivesse. Comecei a ferver. Depois foi a hora de levantar a única criança que estava a fazer sesta. Quando vem da sala, vem com a criança ao colo, sem estar calçada pois era a fulana que trazia os sapatinhos na mão. Esta foi a cereja no topo do bolo e eu explodi o chantilly!
Disse-lhe logo que a criança não poderia ser levantada assim, que tínhamos de seguir as regras das educadoras: acordar a criança. deixá-los calçar os sapatinhos (para adquirirem autonomia) e depois ir fazer xixi. É assim que aqui se faz. E ainda por cima esta criança é super mal-educada porque lhe acham muita graça Às porcarias e asneiras que faz e ainda lhe passam a mãozinha na cabeça. É o "ai que giro, coitadinho!". Todas as crianças da sala dela têm regras menos ela. Enfim.
Depois aproveitei e disse às crianças, mas com a intenção da mensagem entrar na cabeça dela, que durante este mês a responsável pela escola sou eu e que eu era como se fosse o director e que quem fazia andar o barco era eu. É que só faltou mesmo a fulana vir dar.me ordens... era o que mais faltava!
Eu sou uma pessoa muito terra a terra e não me sinto superior a ninguém nem pela pessoa que sou, pelo cargo que ocupo ou pelas habilitações que tenho. Mas que sou superior em educação, sentido de responsabilidade e noção do meu lugar, sou. E muito!